segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Being Human

Informações técnicas
Categoria: Série
Gênero: Drama sobrenatural, Comédia
Produtores: Jeremy Carver, Anna Fricke
Elenco: Sam Witwer, Meaghan Ratha, Sam Huntington, Mark Pellegrino
Temporada:
Data de estréia: 17/01/2011 (EUA)
Canal de exibição: Syfy
Dia e hora de exibição: segunda-feira, às 21:00h

Os EUA resolveram mesmo investir nos remakes de seriados britânicos esse ano. Eu tava pensando nas séries que já viraram post aqui no Papel Cibernético e vi que há um grande número de regravações, a maioria com ótimos resultados. Depois de Shameless e Skins chegou a vez de Being Human ganhar sua versão americanizada.

Lá na terra da Rainha a série está em sua terceira temporada e tem uma boa aceitação do público, apesar das críticas em sites brasileiros que vi pela Internet. Mas não tem jeito, série britânica não é qualquer um que gosta, já que elas realmente são diferentes. Não de conteúdo, mas de formato de gravação.

Tá. E além de remake, Being Human traz um tema que também está em alta: o sobrenatural. Aqui temos a história de um vampiro e um lobisomem que são amigos, sendo que o único desejo que possuem é poder viver como humanos normais. A televisão ainda não se cansou dos vampiros e as produções com o tema estão sendo os favoritos do público. Temos no ar True Blood e Vampire Diaries como exemplo, além da consagrada saga Crepúsculo (muito criticada, mas um inegável sucesso). Eu assistia a uma que tinha uma história muito boa, mas acabou sendo cancelada, esses infortúnios televisivos que de vez em quando acontecem e não sabemos explicar o porque. Assim como aconteceu com Jericho, que teve um cancelamento prematuro sem explicação já que a série parecia ser fantástica, Blood Ties foi cancelada do nada.

Mas vamos ao que interessa. Aidan é o vampiro de 200 anos que cansou da sua natureza selvagem que o levava a matar pessoas inocentes para saciar seu desejo por sangue. Assim, um dia ele resolveu deixar essa vida de lado e tentar viver como um humano normal: trabalhar para pagar suas contas, ter uma casa e amigos. Mas ele também tinha que continuar se alimentando e eis que achou uma profissão que se encaixou como uma luva em sua vida: virou enfermeiro de um grande hospital. Assim, além de sociabilizar com as pessoas ao seu redor, ele também teria um banco de sangue ao seu dispor para alimentá-lo quando preciso.

Josh é um lobisomem que ainda tenta se adequar a sua nova realidade. Mesmo sua vida sendo um pouco mais fácil, já que só se transforma uma vez por mês, ele tem problemas em aceitar aquilo que se tornou, já que quando se transforma ele perde totalmente o controle da sua mente, se tornando extremamente violento. Assim, quando está para se aproximar o dia em que irá virar lobisomem, ele foge para uma floresta próxima para se entregar ao bicho que toma seu corpo e esperar que o dia amanheça e seu pesadelo acabe. Ele também alimenta o mesmo desejo de viver uma vida normal, e tem em Aidan um grande amigo. Os dois trabalham no mesmo hospital, sendo que Josh também é enfermeiro.

Cansados de viver pulando de hotel em hotel, eles decidem comprar uma casa e dividir o espaço, onde poderiam ser humanos do lado de fora e terem mais liberdade para conviver com a realidade do lado de dentro. Depois de muito procurar, Josh considera ter encontrado o lugar ideal, mas eis que o antigo dono da casa revela que estava se mudando porque sua noiva morreu lá. Não entendi direito como foi sua morte, mas acho que ela cometeu suicídio. Independente disso, já que essa revelação é completamente indiferente para um vampiro e um lobisomem, eles decidem ficar com a casa.

Após se mudarem é que veio a surpresa, Sally virou um fantasma que ainda estava na casa, já que tinha medo de sair e desaparecer. O fato de Josh e Aidan conseguirem vê-la foi algo que a deixou extremamente confusa, o que gerou uma cena bem engraçada. Mas se negando a deixar o local, ela vira uma companheira dos dois amigos, o que eles ainda estão tentando se adaptar. Grande casa, não? Que pessoa melhor para compartilhar moradia com um lobisomem e um vampiro do que um fantasma? Pode parecer meio viajado demais, mas a série não segue aquele estilo teen nem tem uma trama boba.

Ao ser questionada sobre como acabou virando um fantasma, Sally não consegue explicar. Ela diz só se lembrar de ter ido dormir um dia e acordado naquela forma. Sua morte deverá ser explicada no decorrer dos episódios. Uma coisa que eu sei é que o remake parece ter ficado bem diferente da proposta original, o que eu acho ótimo, já que não tem explicação refilmar algo só para mudar o sotaque, como aconteceu com o piloto-cópia de Skins US.

Um outro personagem que parece ter destaque na série é Bishop, o vampiro que foi responsável pela transformação de Aidan. Ele não aceita essa idéia de vida que Aidan está tentando ter e após um acontecimento no primeiro episódio (que eu não vou revelar para deixar todo mundo curioso – haha), ele vai ao encontro de Aidan com esperanças deste ter retornado ao seu mundo verdadeiro. Mas ele não vai se render tão facilmente.

Promo da série


Mais um vídeo aqui.

Pontos fortes: O piloto da série terminou de uma forma incrível e abriu espaço para que o desenrolar da trama seja muito aguardado por nós, cheios de boas expectativas. O ponto forte de Being Human pra mim é a série não focar os acontecimentos sobrenaturais que envolvem os tipos de criaturas que fazem parte da história, e sim a dificuldade que eles possuem e os problemas por que passam na tentativa de viverem uma vida normal. O primeiro episódio foi bem contado e teve bons efeitos especiais, dando gosto de assistir pela boa produção. A série conta com um elenco nota dez e grande empatia entre os personagens. Eu andava meio cansada de histórias de vampiro, já que tive uma grande decepção com True Blood, que não sei nem como anda porque desisti de vez. A série tinha uma história incrível e altamente inovadora, mas se perdeu por fantasiar demais. Porém, assumo que Being Human veio com grandes chances de sucesso. Eu gostei.

Pontos fracos: O que esperar da série, eu não sei. Como falei sobre a minha decepção com True Blood, pode ser que a série não consiga manter uma boa trama, já que não conta com uma idéia tão inovadora. Na verdade, não é nem um pouco original, mas mesmo assim ainda é agradável de ver. Acho que o ponto fraco foi Bishop, que ficou parecendo a versão vampiresca de Jacob (o personagem que o ator interpretava em Lost) em sua atuação. Mas isso também não foi nada que atrapalhasse, já que personagens de grande impacto ficam marcados e é difícil depois dissociarmos as atuações. Vou assistir ao piloto da versão original para poder fazer maiores comparações. Mas aqui já deixo escrito que minha primeira impressão da série foi boa. Vamos ver.

Avaliação pessoal da série (0-10): 8 pts, pelo piloto.

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