quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

The Cape

Informações técnicas
Categoria: Série
Gênero: Drama, Ação
Produtores: Steve Oster, Christine Roum
Elenco: David Lyons, Summer Glau, James Frain, Keith David, Vinnie Jones, Jennifer Ferrin, ryan Wynott, Dorian Missick
Data de estréia: 09/01/2011 (EUA)
Temporada: 1a
Canal de exibição: NBC (EUA)
Dia e hora de exibição: segunda-feira, às 21:00h (EUA)

Essa é uma série que eu vou ter que tomar cuidado ao falar sobre ela. Alguns podem a achar um pouco excêntrica na sua descrição, o que ela não deixa de ser, mas digo desde já que vale a pena dar uma chance e ler até o final. Espero que a maioria tenha vontade de assistir.

Seguindo a onda de super-heróis que estamos passando no cinema e na TV, The Cape é uma história em que o protagonista decide incorporar um personagem dos quadrinhos que o filho adora. Mas até chegar a esse ponto, muitas coisas aconteceram em sua vida que o levou a tomar essa decisão.

Vince Faraday é um bom sujeito, policial de Palm City, muito honesto, que é casado e tem um filho, Tripp. Ele estava no comando da segurança que seria feita na solenidade de posse do novo Chefe de Polícia, Tom Ross. Tom estava sendo ameaçado pelo assassino mascarado conhecido como “Chess”, mas mesmo assim foi decidido que o anúncio sobre seu novo cargo ocorreria.

Chegando no departamento de polícia, Donna, companheira de trabalho de Vince, lhe mostra que acabou de ver em um blog anônimo, chamado de “Orwell is Watching”, que a ameaça contra o novo chefe vem de dentro do próprio departamento. Esse blog vem dedurando a corrupção e mostrando o outro lado da moeda do que realmente está acontecendo na cidade. Fazendo uma analogia para ficar mais claro, poderíamos chamá-lo de “Wikileaks” do seriado.

E por mais que a segurança estivesse reforçada, Chess conseguiu cumprir seu trabalho e acabou por assassinar Tom Ross com um explosivo químico conhecido como L-9, que oficialmente não existe. O L-9 chegou em Palm City através Dominic Raoul, vulgo Scales, que comanda a maior operação de contrabando da Costa Oeste.

Após o assassinato de Tom, Vince decide sair da polícia, mas antes disso recebe uma mensagem do secreto Orwell por e-mail, que diz que o está observando e explica através de documentos que conseguiu (olhaí o Wikileaks!) que Scales fez um acordo com Chess para contrabandear o L-9, sendo que um grande carregamento do explosivo sairia da cidade por trem naquela noite. E assim é que começam a aparecer os primeiros sintomas de um futuro herói, pois Vince decide ir sozinho fazer essa investigação.

Chegando no local informado, ele realmente encontra um grande carregamento de L-9 que estava escondido dentro bonecas. Antes de ir até lá, ele contou ao seu parceiro Marty o que estava acontecendo e o chamou para ir até o local. Mas quando Marty chega, ele percebe que essa não foi uma boa ideia, pois o que havia era uma emboscada criada por aquele que considerava seu amigo. Após ser capturado e levado desacordado para um esconderijo, Vince descobre que Marty está trabalhando para Chess.

Ao encontrar Chess, este revela sua verdadeira identidade. Ele é Peter Flemming, o dono de uma polícia privada, a Ark, que tem planos de privatizar todo corpo policial da cidade de Palm City. E o plano dele para conseguir isso é demonstrar ao prefeito que a polícia do município está corrompida e não tem suporte para combater o crime, que o próprio Peter implanta para boicotar o sistema.

A jogada final de Chess será lacrar a máscara, que usa em seus crimes e que impede os outros de saberem sua verdadeira identidade, em Vince e chamar a sua polícia privada para capturá-lo e obter os créditos por ter conseguido pegar o maior vilão da cidade. Mas mesmo depois disso tudo, imagino que a pergunta “cadê a parte do super-herói na parada?” ainda esteja no ar. E é aqui que tudo começa a ficar estranho.

Ao ser solto, Peter chama ao local onde a Ark está perseguindo Vince a mídia. Dessa forma, passando em todos os canais locais a captura de Chess, sua família acaba assistindo o ocorrido e fica sem entender. Num determinado momento, um frasco de L-9 é solto e explode, mas no timing perfeito, Vince consegue cair num boeiro e evitar que seja morto, apesar de ser assim que todos imaginam que ele esteja. E dessa forma é melhor, pois se aparecer em meio as pessoas seria, na melhor das hipóteses, preso e não conseguiria retirar todas as acusações de suas costas.

Quando Vince desperta, ele se vê num local no subsolo parecido com um circo, em que as pessoas que o rodeiam são atores circenses: anões, malabaristas, ilusionistas etc. Eles usam suas habilidades para roubar bancos e veem em Vince uma ótima ajuda. Após explicar sua história, o chefe daquelas estranhas pessoas, Max, se afeiçoa com Vince e decide ajudá-lo a derrubar Peter e a reaver sua famíla.

Para isso, Vince usará o disfarce do super-herói O Capa, das histórias em quadrinhos preferidas de seu filho. Ele deseja conseguir mostrar a Tripp que ele não está sozinho e que não é o vilão, como fizeram parecer. Vince se torna um herói normal, sem superpoderes (ao menos de início) e que é treinado pela equipe do circo, aprendendo a desviar de facas, como desaparecer, técnicas de ilusionismo e hipnose para combater seus inimigos. Quando Max decide que ele está pronto, O Capa sai nas ruas para lutar contra o crime e a corrupção, conquistando alguns amigos e muitos inimigos pelo caminho.

Promo da série:


Veja um resumo do episódio piloto aqui. (em inglês)

Pontos fortes: A série deve mostrar a evolução do herói criado e a sua luta para reconquistar tudo aquilo que lhe foi tirado de forma injusta. Até ai nada demais: temos o mocinho injustiçado, o vilão, muitos inimigos, identidade secreta, um grupo lutando contra o crime e habilidades diferentes conquistadas pelo herói com o passar do tempo. Mas mesmo com essa receita de bolo de história de super-heróis, não podemos negar que a trama é boa e envolvente. Contando com uma ótima produção e bons atores, acho que esta é uma aposta para 2011. The Cape teve um bom começo, vamos ver o seu desenrolar.

Pontos fracos: Meu maior receio com a série é que ela se torne muito Smallville, onde a história começa com pessoas normais, um herói que vai descobrindo suas habilidades e perde o foco no meio do caminho, transformando até uma simples jornalista numa arqui-inimiga cheia de superpoderes vindos de outro planeta e adquiridos de uma forma que ninguém conseguiu acompanhar, de tanta informação maluca que jorrou da série de uma hora pra outra. Sei que eu faço algumas comparações, mas são de séries que tinham potencial para serem ótimas e se perderam por tentarem criar demais. Não que criar seja ruim, é uma coisa ótima e estamos precisando mesmo de ideias originais, o problema está nos exageros.

Avaliação pessoal da série (0-10): 9 pts, pela história.

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